Os itens podem ser protegidos contra falsificações?
Essa foi a pergunta inicial feita pela especialista e professora da aula de hoje sobre falsificações no mercado de luxo, Madame Catherine Girard.
A aula começou com uma espetacular explanação sobre a globalização e o contexto do luxo no mercado atual em que se vive. O surgimento das grandes marcas e do alcance mundial em meados dos anos 80, fez com que muitas pessoas tivessem acesso ao que antes era inatingível para a maioria, mesmo ainda os valores sendo altos, o que despertou interesse na falsificação de linhas de produtos desde moda, cozinha, carros, acessórios, artes, cultura e até mesmo qualidade de vida.
O produto em si pode ser copiado, pois na maioria das vezes são matérias-primas fáceis de serem encontradas, mas o que tenta se copiar é a marca e o glamour que ela tem por trás do produto.
É neste quesito que a falsificação não penetra e deixa sua marca reconhecida para quase a totalidade dos usuários de luxo.
Toda marca de luxo tem uma história que agrega valor ao produto final e que é contada em diferentes e caras campanhas de marketing, com personalidades que emprestam sua reputação para os produtos. "Quando se foca em marketing você pode deixar a falsificação para traz, ao mesmo tempo que chama ainda mais a atenção dela", destaca a professora. Mas o universo da falsificação não é tão criativo quanto os designers das grandes marcas e as agências que desenvolvem sua comunicação, o que faz com que essa constante briga seja sempre ganha por quem lançou o produto e não por quem copiou.
O universo do luxo também trabalha com as experiências e desejos que podem causar em seus consumidores ao entrarem em suas boutiques, vivenciar suas vitrines, experimentar seus produtos e serviços. O sentir-se único e prestigiado por ser um consumidor da marca evita também a compra no universo da falsificação.
Ainda sobre as histórias dos produtos e marcas de luxo, são reconhecidas suas origens como os carros da Alemanha, Inglaterra e Itália, roupas da França e Itália e relógios da Suíça. As grandes marcas também se associam a grandes campanhas mundiais voltadas ao social e ambiental e não campanhas locais.
Todo esse movimento contra a falsificação é constantemente revisado pois ela é tida como uma ameaça perigosa, por mais que os compradores de uma não são os legítimos das grandes marcas. A falsificação tem proporções mundiais e não respeita os 4 P`s básicos do marketing - produto, preço, praça e promoção, o que prejudica a imagem da empresa falsificada.
O grande investimento contra esse avanço, além dos já mencionados, é em inovação, criatividade e conhecimentos específicos e registrados.
Ao fim da aula, os alunos ainda visitaram o Museu dos Cristais Baccarat, acompanhados pela professora e uma breve explicação da trajetória da marca, da importância no mercado de luxo e também da luta contra o universo da falsificação.
Alunos ao fim da aula com a professora Catherine Girard, na ISC Paris.
Au revoir!
Rebecca Oliveira Pereira Giese
Coordenadora da Área Internacional do ISAE Brasil
Niura Henke
Adriano Tadeu Barbosa
Professores ISAE Brasil